Hebreus 13:4 diz: “O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros”.
Solteiros e casados estão na mira desse verso. A vontade de Deus é que o casamento seja honrado por todos. O solteiro honra o casamento quando vive um relacionamento com Deus de forma profunda sem precisar recorrer à imoralidade. Na prática, isso significa uma vida sem masturbação, pornografia, sexo ou coisas parecidas, porque eles (solteiros) entendem que a sexualidade foi criada para um contexto apenas: o casamento. Por sua vez, esses jovens lutam para viver uma vida de abstinência (1Ts 4:3), lutam para fugir dos desejos maus da juventude (2 Tm 2:22). Lutam para ter olhos puros (Jó 31:1) e viver uma vida de santidade (Hb 12:14; Mt 5:8).
Os casados honram o casamento desempenhando os seus papeis de marido e mulher e guardando a aliança que fizeram um com o outro.
Então Jesus redefine o adultério. Ele diz claramente que a interpretação dada a palavra pelos fariseus e mestres da lei estava errada. Em Ex 20:14 diz “não adulterarás” e Dt 5:18 repete as palavras. Quando Jeus fala: “Vocês ouviram o que foi dito… eu porém lhes digo”, o que significa? Ele está anulando o Antigo Testamento e validando sua opinião? Não.
1) Em Mt 5:17-20 já vimos que Jesus não veio abolir o AT, mas cumpri-lo.
2) Jesus não anula o mandamento sobre adultério, mas o aprofunda.
3) Em várias passagens dos evangelhos mostram que Jesus amava e praticava o AT.
O que Jesus quer dizer então? Jesus está contrariando a interpretação popular de que o adultério é só um ato e nada mais. Por isso, Jesus diz: “qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la ( Ou “olhar para uma mulher desejando-a ardentemente” – David Stern, Novo Testamento judaico), já cometeu adultério com ela em seu coração”.
Enquanto os fariseus e mestres da lei limitavam o mandamento a um ato, Jesus o expande a um desejo. Obviamente, não é pecado olhar para alguma mulher, porque o próprio Jesus olhou e nunca pecou por causa disso. No entanto, Jesus disse que desejar uma mulher, cobiçá-la é igual ao adultério.
SOLTEIROS
Nós, solteiros, podemos cometer adultério? Sim, porque enquanto não casamos, temos um compromisso com Deus: de viver santidade, abstinência sexual, pureza. O que Jesus deseja e quer não é uma obediência externa, mas interna. O que adianta nunca adulterar no ato, mas ter um coração cheio de loucuras, adultério, pensamentos imorais?
Na prática, devemos não cobiçar, não olhar ( Jó 31:1). Devemos fugir dessas práticas ( 2 Tm 2:22), devemos orar, jejuar por uma renovação da mente (Rm 12:1,2) e devemos levar a sério esse assunto assim como Jesus faz ( Mt 5:27-30).
CASADOS
A palavra dirigida aos solteiros também vale para os casados. No entanto, aqueles que estão no casamento tem mais um peso: a fidelidade ao marido ou esposa. Pv 5:15-20 é um chamado para fugir do adultério ao se deleitar no amor da sua vida. Devemos estar tão satisfeito um com o outro que não permitiremos nem que um sutil olhar possa começar a nos encaminhar para esse torto caminho. Ml 2:14 é outro chamado a fidelidade custe o que custar.
Deus deseja santidade e fidelidade. Para os solteiros, santidade significa um coração e uma mente pura das distorções da sexualidade. Além disso, fidelidade total a Deus e sua palavra. Aos casados, santidade também significa um coração e uma mente pura na qual o seu deleite sexual é para sua esposa e o dela para seu esposo. A fidelidade é em primeiro lugar a Deus; depois para o marido ou esposa. Ela é resoluta, irrevogável e certa.
POR QUE EXISTE O CASAMENTO?
Na minha opinião, existe por três razões: 1) para glória de Deus; 2) para alegria de homens e mulheres e 3) para ser uma ilustração do amor de Deus.
Quando Des criou o casamento, ele tinha o seu amor por nós em mente assim como sua glória. A ideia era ( é e sempre será) que um homem ame sua esposa até o fim e a sua esposa o ame custe o que custar. Que juntos eles enfrentem as tempestades e bonança da vida, os momentos tristes e felizes, as dores e as alegrias, as perdas e os ganhos, os sofrimentos e os prazeres. Que juntos vejam o cuidado de um pelo o outro, a pureza, o respeito. Que juntos cada um, livremente, dissesse que escolheu o outro de tal forma que agora já não existe a liberdade de escolher desistir. É para sempre. A esposa ensinará que submissão é prazerosa para o marido. O marido ensinará que existe amor incondicional. É para quando um acordar no meio da noite e olhar o amor da sua vida, pense algo mais ou menos assim: “Ah já passamos por tantas coisas juntas. É tão bom tê-lo comigo”. E depois de anos juntos, sorrindo, conversando, pedindo perdão, crescendo, criando filhos, amando, sendo fiel, possamos sentir o impacto da palavra de Deus ao dizer que no final haverá um grande casamento: entre Cristo e a igreja. Se Deus já nos abençoou com um casamento maravilhoso na terra, mesmo cheios de imperfeições, quanto mais será perfeito o casamento celestial. O casamento pontua o seguinte: se o amor entre um homem e uma mulher mostrou tal grandiosidade, isso é apenas um esboço desengonçado do amor de Deus: que é sempre fiel, verdadeiro, presente, desejoso.
Mas acredito que a ilustração pode ir mais além. A mulher ensinará ao seu marido que existe alegrias incontáveis na submissão. O marido ensinará que existe amor incondicional. No final, a mulher dirá: se meu marido me ama assim, quanto mais Cristo! E amará ainda mais a Jesus. O marido dirá: se minha esposa é tão feliz sob minha liderança, quanto mais serei sob a autoridade do meu Senhor. E amará ainda mais a Jesus.
Agora conseguimos ver porque o casamento é tão importante para Deus. Existem muitas coisas em jogo.
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